F.C. Porto vence P. Ferreira com golos de Raúl Meireles e Hulk
No jogo que abriu a 4ª jornada da Liga Sagres, disputado no Estádio do Dragão, o F.C. Porto impôs-se a um P. Ferreira que está muito abaixo do que fez em épocas recentes e ganhou naturalmente a partida. O resto foi prejuízo em todos os aspectos. Sobram os três pontos, sim, mas é só mesmo isso.
De resto falta tudo. Falta, por exemplo, fazer as pazes, consigo mesmo e com os adeptos, que por estes dias andam numa dúvida existencial: assobiar ou não assobiar? Nota-se, aliás, que têm uma vontade consciente de não assobiar, mas há alturas em que se torna mais forte do que eles.
O primeiro assobio aconteceu aos 50 minutos, mas foi logo abafado por aplausos. Dez minutos depois já não havia aplausos que valessem, pois os adeptos sentiam-se realmente no direito de assobiar.
Entre um momento e outro, a equipa tinha perdido o benefício da dúvida e permitira que o P. Ferreira crescesse dentro do jogo, e passasse a ameaçar a magra vantagem do F.C. Porto.
Este estado de sofrimento só terminou quando já passava do minuto 70. Hulk, outra vez ele, trouxe tranquilidade à equipa. Na primeira jogada em que participou, tabelou com Raul Meireles e marcou o segundo golo, tal como tinha feito com o Belenenses.
Nesse instante o Dragão respirou de alívio e o P. Ferreira, na directa proporção, caiu de produção. Então foi aí que o azul e branco ganhou outro encanto, mas bem vistas as coisas, não deixa de ser enganador. A vitória, realmente, foi mais sofrida do que parece.
Em relação ao P. Ferreira, a equipa mantém duas ou três individualidades que têm realmente valor, mas o talento dilui-se nos equívocos tácticos do treinador.
O futebol é uma coisa tão simples que custa compreender o porquê de tantas adaptações. Filipe Gonçalves, por exemplo, nunca será um extremo, então porque é que joga nessa posição? E a colocação de Josa a lateral é de "bradar aos céus".
Crónica do Jogo:
Por tudo o que foi dito anteriormente, torna-se fácil perceber porque é que a primeira parte foi toda do F.C. Porto. Nessa altura notou-se o fosso entre uma equipa e a outra, mas a exibição ficou longe de ser brilhante, pois os "azuis e brancos" só fizeram duas finalizações dentro da área: uma recarga de Farias, que o guarda-redes pacense defendeu, e um remate de Lisandro por cima da barra.
A equipa dominou, pressionou, ganhou bolas com relativa facilidade, saiu a jogar pelas alas, mas faltou-lhe qualquer coisa, talvez talento, ou seja, Lucho. É inevitável. Sem o argentino, a equipa perde cérebro, perde rasgos de génio na ligação ao ataque.
Mesmo assim, ao intervalo o resultado só pecava por escasso. O F.C. Porto podia perfeitamente ter saído para os balneários com uma vantagem mais confortável, mas Raúl Meireles foi o único a acertar com a baliza.
Se na primeira parte, os "azuis e brancos" mereciam ir descansar com um resultado mais "gordo", na segunda metade, pelo menos durante 25 minutos, sofreram a bom sofrer.
Paulo Sérgio tirou Filipe Gonçalves, colocou Rui Miguel e mudou a equipa. Acima de tudo porque Rui Miguel teve a sorte que o antecessor não tinha tido, jogou na sua posição (médio-centro). Nessa altura a equipa sentiu-se mais confortável e cresceu.
O próprio Rui Miguel e Pedrinha ficaram então muito perto de empatar o jogo. O que poderia tornar o jogo grave para o F.C. Porto. Não o fizeram e o resto já se sabe: Hulk entrou, marcou e fez esquecer toda a intranquilidade que se vivia.
O próximo jogo do F.C. Porto realizar-se-à terça-feira, em Londres, frente ao Arsenal. Aí, a "coisa", já será bem diferente.
Por Sérgio Pereira, jornalista "Mais Futebol"
De resto falta tudo. Falta, por exemplo, fazer as pazes, consigo mesmo e com os adeptos, que por estes dias andam numa dúvida existencial: assobiar ou não assobiar? Nota-se, aliás, que têm uma vontade consciente de não assobiar, mas há alturas em que se torna mais forte do que eles.
O primeiro assobio aconteceu aos 50 minutos, mas foi logo abafado por aplausos. Dez minutos depois já não havia aplausos que valessem, pois os adeptos sentiam-se realmente no direito de assobiar.
Entre um momento e outro, a equipa tinha perdido o benefício da dúvida e permitira que o P. Ferreira crescesse dentro do jogo, e passasse a ameaçar a magra vantagem do F.C. Porto.
Este estado de sofrimento só terminou quando já passava do minuto 70. Hulk, outra vez ele, trouxe tranquilidade à equipa. Na primeira jogada em que participou, tabelou com Raul Meireles e marcou o segundo golo, tal como tinha feito com o Belenenses.
Nesse instante o Dragão respirou de alívio e o P. Ferreira, na directa proporção, caiu de produção. Então foi aí que o azul e branco ganhou outro encanto, mas bem vistas as coisas, não deixa de ser enganador. A vitória, realmente, foi mais sofrida do que parece.
Em relação ao P. Ferreira, a equipa mantém duas ou três individualidades que têm realmente valor, mas o talento dilui-se nos equívocos tácticos do treinador.
O futebol é uma coisa tão simples que custa compreender o porquê de tantas adaptações. Filipe Gonçalves, por exemplo, nunca será um extremo, então porque é que joga nessa posição? E a colocação de Josa a lateral é de "bradar aos céus".
Crónica do Jogo:
Por tudo o que foi dito anteriormente, torna-se fácil perceber porque é que a primeira parte foi toda do F.C. Porto. Nessa altura notou-se o fosso entre uma equipa e a outra, mas a exibição ficou longe de ser brilhante, pois os "azuis e brancos" só fizeram duas finalizações dentro da área: uma recarga de Farias, que o guarda-redes pacense defendeu, e um remate de Lisandro por cima da barra.
A equipa dominou, pressionou, ganhou bolas com relativa facilidade, saiu a jogar pelas alas, mas faltou-lhe qualquer coisa, talvez talento, ou seja, Lucho. É inevitável. Sem o argentino, a equipa perde cérebro, perde rasgos de génio na ligação ao ataque.
Mesmo assim, ao intervalo o resultado só pecava por escasso. O F.C. Porto podia perfeitamente ter saído para os balneários com uma vantagem mais confortável, mas Raúl Meireles foi o único a acertar com a baliza.
Se na primeira parte, os "azuis e brancos" mereciam ir descansar com um resultado mais "gordo", na segunda metade, pelo menos durante 25 minutos, sofreram a bom sofrer.
Paulo Sérgio tirou Filipe Gonçalves, colocou Rui Miguel e mudou a equipa. Acima de tudo porque Rui Miguel teve a sorte que o antecessor não tinha tido, jogou na sua posição (médio-centro). Nessa altura a equipa sentiu-se mais confortável e cresceu.
O próprio Rui Miguel e Pedrinha ficaram então muito perto de empatar o jogo. O que poderia tornar o jogo grave para o F.C. Porto. Não o fizeram e o resto já se sabe: Hulk entrou, marcou e fez esquecer toda a intranquilidade que se vivia.
O próximo jogo do F.C. Porto realizar-se-à terça-feira, em Londres, frente ao Arsenal. Aí, a "coisa", já será bem diferente.
Por Sérgio Pereira, jornalista "Mais Futebol"
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