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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Liga Sagres: F.C. Porto vence Belenenses e retoma liderança antes do "derby" com o Benfica

O F.C. Porto voltou a liderança da Liga Sagres, ao vencer o Belenenses por 3-1, em jogo da 16ª Jornada da principal prova do futebol português.

Os "azuis e brancos" obtiveram um melhor resultado que o Benfica (os "encarnados" no Restelo empataram a zero), e têm agora um ponto de vantagem antes do "derby" no Estádio do Dragão.

Crónica do Jogo:

Tal como tinha prometido na véspera, Jesualdo Ferreira não poupou os jogadores que estavam em risco de suspensão, e colocou Fucile e Hulk no onze inicial, deixando Lisandro Lopez no banco, para qualquer eventualidade.

O técnico portista escolheu para o ataque Mariano e Rodriguéz, além do brasileiro "incrível", e manteve a estrutura defensiva dos últimos jogos (Raúl Meireles, Fernando, Fucile, Bruno Alves, Rolando e Hélton).

Do outro lado, Jaime Pacheco (curiosamente, ex-jogador do F.C. Porto) manteve a confiança nos atletas que empataram com o Benfica e apenas trocou Baiano (lesionado) por Cândido Costa.

Depois de alguns minutos de indefinição, o F.C. Porto "pegou" na partida e foi em busca dos 3 pontos, com ataques sucessivos à baliza de Júlio César.

Antevia-se o golo dos portistas e ele acabou por acontecer aos 23 minutos, depois de Mariano fazer uma "cavalgada" pela direita e cruzar para Hulk, que apenas teve que encostar o pé à bola, para a fazer tomar o rumo da baliza contrária.

Pouco depois, Lucho foge mais uma vez pela direita e assiste Christian Rodriguéz que não teve dificuldades em fazer o segundo golo da tarde/noite.

No minuto seguinte é a vez de Hulk e Mariano trocarem os papeis, isto é, o brasileiro cruza para o argentino numa grande combinação, só que a pontaria dos jogador do país das "pampas" estava desafinada e o esférico acaba por sair por cima da barra da baliza do guardião "azul".

Aos 30 minutos, a consistência defensiva do Belenenses estava completamente desfeita e antes que o jogo se transformasse numa "chuva de golos", Jaime Pacheco resolve fazer duas substituições e coloca em campo os brasileiros Sáulo e Diakitê, fazendo avançar no terreno Mano e zé Pedro, de forma a ajudar o sozinho Marcelo nas tarefas ofensivas.

A equipa "azul" melhorou e, aos 38 minutos, consegue reduzir a diferença numa bela combinação luso-brasileira: Zé Pedro entrega a Sáulo, que isolado não teve dificuldades em bater Hélton.


Na segunda parte, a qualidade do jogo diminuiu (talvez devido ao mau estado do relvado), mas ainda assim viram-se belas jogadas de futebol e um golo.

Logo nos primeiros minutos, Rodrigo Arroz obrigou Hélton a duas defesas apertadas, na sequência de 2 pontapés de canto.

Pouco depois, Zé Pedro desembaraça-se de Fucile e cruza para Ávalos, que de cabeça não consegue melhor do que enviar a bola para a bancada.

Perante as sucessivas jogadas de ataque do Belenenses, Jesualdo Ferreira percebe que tem de refrescar o sector atacante e tira Mariano, pondo no seu lugar Fárias.

Jaime Pacheco responde com a substituição de Marcelo por Roncatto, esgotando assim as alterações, quando ainda faltavam alguns minutos para o fim da partida.

Silas e Lucho Gonzalez iam criando sucessivos lances de perigo, mas só o argentino é que consegue marcar um golo, depois de uma excelente "trilogia" entre Hulk, Rodriguez e o próprio Lucho, que está cada vez mais perto da sua melhor forma.

Até ao apito final, só há a registar mais uma situação estranha (no mínimo): Fucile fez de tudo para ser expulso!

Pode parecer estranho, mas não é. É apenas uma forma de contornar os regulamentos, sem cometer qualquer ilegalidade.

A meio da segunda parte, Fucile "corta" um lance de perigo do ataque do Belenenses com a mão e vê cartão amarelo, completando uma série de 5, tendo que cumprir um jogo de suspensão, neste caso, no próximo da Liga Sagres, com o Benfica.

Mas, a meio da semana, o F.C. Porto tem um jogo para a Taça da Liga (Carlsberg Cup) com o Sporting. O que muda tudo!

Os regulamentos dizem que os jogos de suspensão por acumulação de amarelos têm que ser cumpridos nas provas onde são mostrados, mas as suspensões por vermelhos (sejam elas por duplo amarelo ou vermelho directo) podem ser cumpridas em qualquer competição organizada pela Liga.

Como Fucile ia ficar suspenso por uma partida, já que tinha visto o 5º amarelo, resolveu fazer com o árbitro o expulsasse para poder cumprir a suspensão no jogo da Taça da Liga (que é menos importante que a Liga Sagres) ficando assim livre para o jogo com o Benfica, na próxima semana.

Depois de muito "pedir", o uruguaio lá recebe o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho, fazendo uma cara de espanto e aborrecimento, mas os largos sorrisos de Rodriguéz e o polegar levantado de Jesualdo Ferreira indicam que estava tudo programado.

Achamos que a Liga deveria pôr cobro a estas situações, que não são a primeira vez que acontecem e que em nada ajudam a valorizar o futebol português.


Jornalista: João Miguel Pereira

Foto: Miguel Lopes, fotojornalista "Lusa"